Prova Qualificativa de Trampolim

Após um fim de semana de competição internacional na Galiza, os ginastas da AAC aproveitaram a preparação dessa prova para estarem a 100% na prova que dá acesso ao campeonato nacional de trampolim – a Qualificativa.

Realizada no Centro de Alto Rendimento de Sangalhos, a prova serviu para várias finalidades: Para os que já se tinham apurado no Distrital, serviu para rodar novas séries, perceber em que ponto de evolução estão e qual a melhor estratégia a adoptar no Nacional; Para os que não conseguiram o apuramento no distrital por pequenas falhas, serviu para tentarem chegar à etapa rainha; Para os que ainda não conseguiram atingir uma performance suficiente para obter os mínimos foi o seu campeonato nacional, já que aqui estão presentes mais ginastas do que no nacional em si, ou seja, é das provas mais concorridas do ano!

Para as iniciadas femininas, sortes distintas. A melhor em competição foi sem sombra de dúvida Sofia Guimarães, que utilizou a sua melhor arma (execução) na perfeição, obtendo das melhores notas da competição. Mostrou que o deslize do distrital não foi mais do que isso e estará presente no Nacional juntamente com Joana Abrantes e Carolina Carneiro, numa equipa com legítimas aspirações às medalhas a nível nacional. Estas 2 colegas de equipa realizaram igualmente boas séries e melhoraram o desempenho desde o Distrital até aqui.

As restantes iniciadas, no seu primeiro ano neste escalão, não conseguiram o apuramento, mas mostraram bom empenho na realização da prova, mostrando que a AAC está a evoluir positivamente – Beatriz Ferreira, Sofia Magalhães e Francisca Simões terão agora algum tempo para desenvolver aspectos fundamentais para que no próximo ano estejam no nível desejado.

No mesmo escalão, mas nos masculinos, Diogo Fernandes parece ter recuperado a 100% da lesão que o impediu de trabalhar nas semanas anteriores e por isso teve também dificuldades em estar num bom nível. Mesmo assim, mostrou que é dos saltadores do seu escalão que mais alto salta, um dos itens considerados na nota final. Tem agora que se concentrar na parte mais importante: Execução.

Os juniores tiveram sortes distintas, num escalão onde a nota para passagem ao nacional é bastante elevada. Juliana Almeida, apesar de ter estado em bom plano, não conseguiu nota suficiente para a passagem. Irina Lopes teve várias incorrecções e também não conseguiu nota para passar, enquanto que Luís Simões esteve em excelente nível, conseguindo um apuramento num dos escalões mais difíceis. Apenas estarão presentes no nacional 10 ginastas e o ginasta da Académica será um deles! Este ginasta mostrou que o esforço compensa, já que tem tido uma evolução muito positiva desde o ano passado, onde uma falha o afastou das competições logo na primeira competição do ano. Após uma excelente prestação na Copa Galiza, voltou a mostrar evolução uma semana depois e está apurado para a prova mais importante do calendário nacional.

Em relação aos seniores, João Mendes não esteve presente na qualificativa e Francisco Magalhães arriscou uma série difícil, já que não tinha nada a perder, por já estar apurado. Trata-se de um nível de dificuldade muito complicado de dominar e apesar de realizar várias vezes em treino, a competição tem sempre a pressão acrescida de ter apenas uma oportunidade e desta vez, uma falha no 3º elemento levou o ginasta às protecções, terminando a série ali.

No Domingo foi a vez dos juvenis tentarem a sua sorte, desta vez com menos sucesso. João Fonseca, Miguel Batista e Rafaela Carneiro tiveram pequenas falhas ao longo das suas prestações, não atingindo a nota final desejada para a passagem ao Nacional, também em valores difíceis de atingir. Marta Marques já tinha a presença no Nacional assegurada e vinha com a confiança em alta da Copa Galiza onde conseguiu 2 medalhas. Apesar de não ter realizado séries “limpas”, conseguiu chegar ao fim, tendo sido a 4ª ginasta com mais dificuldade na competição do seu escalão, mostrando que tem que trabalhar o mesmo item que Diogo: Execução.

Por fim, Beatriz Pinto, tinha uma pressão acrescida por ter que realizar os mínimos para atingir o Nacional, que estavam bem dentro das suas possibilidades. Com algumas falhas na 1ª série, Beatriz acusou demasiado a pressão e não conseguiu estar concentrada o suficiente para fazer uma 2ª série sem falhas, terminando na protecção a sua 2ª série. Ainda assim, ficou a menos do que 0,2 pontos do apuramento, mostrando que estava perfeitamente ao seu alcance uma presença no Nacional. Esta ginasta é ainda muito jovem, com muito para desenvolver, irá com certeza ter muitas alegrias ao longo da carreira se continuar a trabalhar.

Em resumo, teremos presentes no nacional 10 ginastas em trampolim individual e sincronizado: Carolina Carneiro, Sofia Guimarães, Joana Abrantes, Diogo Fernandes, Rafaela Carneiro, Beatriz Pinto, Marta Marques, Luís Simões, Francisco Magalhães e João Mendes.

Boa sorte!

Leave a Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *